O governo espanhol prolongou neste sábado (17), até o início de maio, a norma que obriga todos os passageiros procedentes de 12 países, incluindo Brasil, Peru, Colômbia e nove países africanos, a cumprirem quarentena, por medo da propagação das novas variantes do coronavírus.
A Espanha justifica sua decisão pela "preocupação sobre os efeitos das variantes brasileira e sul-africana", sua "maior transmissibilidade, o risco de reinfecções e uma possível diminuição da eficácia vacinal, por sua extensão para países próximos onde foram detectadas inicialmente".
Os viajantes que chegarem de Brasil, África do Sul, Botsuana, ilhas Comores, Gana, Quênia, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue, Peru e Colômbia, "com ou sem escalas intermediárias, deverão cumprir quarentena durante os dez dias seguintes a sua chegada, ou durante toda sua estada na Espanha, se esta for inferior a este prazo", conforme publicação no Diário Oficial do Estado (BOE, na sigla em espanhol) neste sábado.
A quarentena poderá ser interrompida ao fim de sete dias, se a pessoa apresentar um teste PCR negativo para Covid-19.
Durante a quarentena, as pessoas "deverão permanecer em seu domicílio, ou alojamento", e poderão sair apenas para comprar comida, medicamentos e produtos de primeira necessidade, para receber atenção médica, ou por "causas de força maior", indica o BOE.
A medida estará em vigor pelo menos até 3 de maio.
Um dos países europeus mais afetados pela pandemia, com cerca de 77.000 mortos e mais de 3,4 milhões de casos, a Espanha, assim como outros países, as chegadas de passageiros procedentes da África do Sul e do Brasil, salvo para os cidadãos espanhóis e os residentes estrangeiros na Espanha, ou em Andorra.
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Roni Figueiredo - Coluna Social